Últimas compreensões de Bert Hellinger
partilhadas por Angélica Olvera
Num curso de fim de semana, 12 e 13 de junho 2022, a Professora Angélica Olvera partilhou com os assistentes os últimos insights de Bert Hellinger.
Desde um lugar de muita humanidade e humildade, mostrando a sua vulnerabilidade, ela refletiu sobre o que precisamos agora, como trilhar o caminho do luto, da dor, do sofrimento que nos toca e da coragem para continuar com o nosso propósito de vida.
Na primeira parte, falou-nos do que se necessita agora..
Agora, precisamos gerar comunidades de desenvolvimento. E estas comunidades precisam de energia masculina e energia feminina. Estamos num tempo de equilíbrio de energias.
“A preocupação não serve ninguém” Bert Hellinger.
Há três coisas com as quais todos devemos aprender a lidar: culpa, medo e vergonha.
A maioria das pessoas ficámos adolescentes cristalizados, não nos tornámos adultos. Ficamos cristalizados na culpa, no medo e na vergonha. O adulto diz SIM ao que acontece e transita com culpa, medo e vergonha.
Precisamos Localizar-nos, Criar, Dirigir, Produzir e Agir, Focar a nossa energia nessas comunidades de desenvolvimento.
Um dos últimos entendimentos de Bert Hellinger e Úrsula (1) f0i:
“As constelações são uma expressão da alma para que possamos encontrar o caminho que nos leva à autodescoberta.” .
Tudo no cosmos é energia e informação. A alma é essa energia vital que nos mantém vivos e essa energia também tem informação.
“A paz começa no coração das mulheres”.
O que significa tomar a mãe? Reconhecê-la no que fazemos, porque fazemos igual ou totalmente diferente dela.
Mais uma vez, o essencial é tomar a mãe e o pai e ter presente a história em mente para que haja futuro. Todos somos humanos.
O propósito da vida necessita de energia. Se tivermos a energia noutro lugar, não poderemos desenvolver nosso propósito de vida.
O luto.
Num luto, a energia pode ser usada para suste-lo e transitá-lo ou para reprimi-lo.
Tanto para sustê-lo e transitá-lo como para reprimi-lo necessitamos da mãe.(2)
Os lutos reprimidos criam uma vida desordenada.
A maturidade é igual ao número de despedidas conseguidas. Como nos despedimos, é muito importante.
Relação Escola-Pais: É importante trabalhar com os pais, estes necessitam de uma comunidade de apoio.
A relação da mãe com os filhos no cotidiano é muito importante.
A coragem da vida é ver a dor que tenho e para isso tenho que ampliar a minha visão. As mudanças fazem-se no cotidiano.
A vergonha é igual à insuficiência que tenho.
Bert Hellinger dizia: “A vida é uma dança entre o amor cego e o amor claro”.(3)
Não se trata de salvar, trata-se de olhar.
Quem silencia a dor dos homens? “A paz começa no coração das mulheres, quando dizemos SIM à dor dos homens.” Por lealdade histórica não podemos olhar a dor dos homens.
A chave está em tomar o que a vida nos dá e fazer algo de bom com isso. A informação transmite-se para além do tempo ou do espaço. Quando nos relacionamos com alguém do passado, fazemo-lo através da informação que nos deixou.
Quando questionado, o que significa a bipolaridade? Bert Hellinger dizia: “Somos todos bipolares, do polo da minha mãe até ao polo do meu pai.” São as marés colidindo sem encontrar um movimento que as harmonize.
Continua no próximo artigo …
(1) Úrsula Sctutz, tradutora de Bert Hellinguer.
(2) Conceito de Tomar a mãe.
(3) No sentido de amor infantil e amor adulto.