Este olhar para as dinâmicas que têm consequências jurídicas baseia-se nos ensinamentos de Bert Hellinger e teve como precursor o Juiz do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (Brasil), Sami Storch que, inspirado pelos ensinamentos de Hellinger, trouxe a visão e empatia sistémicas para o Direito, tendo aplicado pela primeira vez as Constelações Familiares no Tribunal. O magistrado também criou a expressão “Direito Sistémico” e registou estatisticamente, tanto quanto possível, os benefícios para os tribunais, para as partes e para a Justiça.
Atualmente, a aplicação deste olhar para o direito é uma realidade no Brasil, país onde originou este trabalho no campo jurídico. Diversos tribunais de justiça dos estados têm projetos para a resolução de conflitos que utilizam as constelações familiares, além da centena de comissões de direito sistémico na Ordem dos Advogados do Brasil, onde os advogados podem ter acesso a essa filosofia para aplicar no seu dia-a-dia profissional. A sua utilização pode ser verificada no Ministério Público, na Defensoria Pública e no Sistema Prisional, sempre obtendo resultados satisfatórios.
Em Portugal, os Tribunais de Família e Menores de Mafra, Barreiro e Lisboa utilizam-se, no seu corpo de assessores técnicos multidisciplinares, o trabalho das Constelações Familiares, tendo obtido resultados satisfatórios na instrução de processos tutelares.